sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Mercado de crédito corrige os excessos em 2016

Durante o período de expansão da economia brasileira anterior à atual recessão, o crédito cresceu muito mais que o PIB. Mesmo após esse crescimento, porém, a relação crédito/PIB no Brasil não é alta, se comparada internacionalmente: equivale à da América Latina, de 50%, e é bem menor do que a média mundial, de 130%, ou a dos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 147%. Isso sugere que o crédito era subutilizado no Brasil e seu aprofundamento, isto é, o aumento da proporção do crédito em relação ao PIB, era desejável - porém, pode ter acontecido rápido demais.
O Banco de Compensações Internacionais – BIS produz para 43 países, inclusive o Brasil, indicadores de “superaquecimento financeiro” ou de alerta de crise bancária, entre eles a diferença (hiato) entre a razão crédito/PIB e sua tendência de longo prazo. Segundo estudo do BIS, dois terços das crises bancárias foram precedidas por hiatos superiores a 10% do PIB durante os três anos anteriores aos eventos. Assim, quando a razão crédito/PIB supera sua tendência de longo prazo em valores próximos ou superiores a 10% do PIB, este é um sinal de alerta. O Brasil esteve com essa variável acima de 10% de 2011 a 2013 e acima de 7,0% de 2006 a 2015. Em 2016, até o segundo trimestre, o hiato caiu rapidamente para 1,5% do PIB.
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