terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Expectativas para a Selic em 2019

Hoje começou a reunião do Copom – comitê de politica monetária do Banco Central, com a decisão sobre a Selic amanhã. O gráfico mostra que os analistas pesquisados pelo próprio BC esperam – de acordo com a mediana das projeções - a manutenção da meta para a taxa básica da economia em 6,5% por vários meses. O interessante é que, nas últimas semanas, o momento em que a taxa começaria a ser elevada novamente vem sendo postergado e o nível a que chegaria em dezembro de 2019, reduzido. No gráfico, vê-se que, há um mês, esperava-se que um novo ciclo de aperto monetário começaria em junho de 2019, levando a taxa para 8,0% no fim do ano que vem. Há uma semana, no dia 30/nov., o início do aperto passou a ser esperado para setembro do ano que vem, com a Selic chegando a 7,75% no fim do ano. E, no dia 07/dez., última data com dados atualizados no sistema de expectativas do BC, apesar do novo ciclo de aperto continuar com início esperado em setembro de 2019, o nível em dezembro caiu mais um pouco, para 7,5%.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Expectativas para a economia antes e depois das eleições

Um texto sobre “antes e depois”: como o resultado das eleições afetou as expectativas dos agentes econômicos? Vários outros fatores influenciaram sua visão em relação ao futuro, como novos dados divulgados e o ambiente internacional, mas o resultado das eleições e seus desdobramentos tiveram papel, sem dúvida, relevante. No blog da Carta de Conjuntura do Ipea.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Seminário de conjuntura do Ipea, set./2018




Na última sexta, mediei o seminário de conjuntura do Ipea. Palestrantes: Ana Carla Abrão Costa (Oliver Wyman), Alexandre Espírito Santo (Órama Investimentos) e José Ronaldo Souza Jr (Ipea). Debatedores: Fernando Rocha (JGP Gestão de Recursos) e Vagner Ardeo (Ibre/FGV). Excelente evento, mantendo a tradição de relevante fórum de discussão das principais questões da conjuntura econômica brasileira e mundial. Agradeço a presença dos palestrantes, debatedores e de todos os da participativa e qualificada plateia.


Boletim de expectativas - outubro de 2018


Este boletim compila expectativas para algumas variáveis oriundas de diversas fontes. Apesar da incerteza que naturalmente cerca o período eleitoral, o cenário traçado pelo conjunto das projeções é razoavelmente positivo:
- a inflação se mantém bem comportada e de acordo com as metas estabelecidas;
- a taxa de juros básica da economia sobe, mas isto está de acordo com o reconhecimento de que ela se encontra, atualmente, abaixo do nível neutro;
- o resultado primário das contas públicas melhora paulatinamente;
- mas não é suficiente para impedir o crescimento da dívida pública como proporção do PIB até 2021;
- o crescimento do PIB converge para 2,5% ao ano de 2019 a 2022, que é a taxa média de crescimento da série do PIB de 1996 a 2017 (22 anos);
- a taxa de câmbio nominal se estabiliza pouco abaixo de R$4,00/US$.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Renda interna bruta real, ganhos de comércio e termos de troca no Brasil de 1948 a 2016


Dois exemplos:

2010: PIB real cresceu 7,5%; RIB real cresceu 9,3%!
2015: PIB real caiu 3,8%; RIB real caiu 4,8%!


O Produto Interno Bruto (PIB) e a Renda Interna Bruta (RIB) são iguais num mesmo ano, em termos nominais. Quando, porém, se trata de PIB e RIB reais, aparece a questão de com qual índice de preço se devem comparar PIB e RIB para aferir a sua variação a preços constantes. Quando a variação real do PIB é calculada, deflacionam-se as exportações e importações pelos respectivos índices de preços. Como são eliminadas as variações de preço de exportações e de importações, elimina-se também a variação relativa entre eles, isto é, a variação dos termos de troca. Numa situação em que os preços dos produtos importados por um país caem, isso, claramente, permite que os habitantes desse país, com a mesma renda, comprem mais produtos: isto é, houve um aumento de renda real devido à melhoria dos termos de troca. Porém, como dito, esse aumento de poder de compra não é captado pela variação real do PIB. Para que esse efeito seja captado, é preciso recalcular a variação real, usando outro deflator para exportações e importações. É o que Pedro Américo e eu fazemos no artigo do link, que acaba de sair na Pesquisa e Planejamento Econômico, calculando os ganhos de comércio e a Renda Interna Bruta Real para o Brasil, de 1948 a 2016. O cálculo desse agregado macroeconômico é recomendado pelo manual internacional de contas nacionais, de modo que este artigo quer ser uma contribuição para o aperfeiçoamento das contas nacionais brasileiras. Em alguns anos, a variação do PIBR e a da RIBR se mostraram significativamente diferentes.







terça-feira, 10 de julho de 2018

Boletim de expectativas - julho de 2018

As decisões econômicas são tomadas (ou deveriam ser) olhando para o futuro e não para o que já aconteceu. Neste texto na Carta de Conjuntura do Ipea, descrevo as expectativas para algumas variáveis econômicas brasileiras - taxas de juros, inflação, PIB e resultado fiscal - obtidas de diversas fontes.





terça-feira, 3 de julho de 2018

O real faz 24 anos!


A nossa moeda, o real, completou 24 anos em 1º de julho. Republico texto que escrevi para O Globo quando dos 20 anos do Plano Real. Meu livro “Guia de análise da economia brasileira” traz treze páginas sobre o Plano Real, com os itens: entendendo a inflação brasileira da época; a fase da URV; a âncora cambial; tarifas públicas; ajuste fiscal; credibilidade do governo e a troca da moeda.


O Guia de análise da economia brasileira em algumas livrarias:
Amazon
Editora Fundamento






sexta-feira, 29 de junho de 2018

Seminário de conjuntura econômica do Ipea

Hoje mediei o debate no seminário de conjuntura econômica do Ipea, com a presença de Paulo Grahl (JGP Investimentos), Gesner Oliveira (GO Associados e professor da FGV/SP) e José Ronaldo Souza Jr (diretor de Macroeconomia do Ipea) como palestrantes e Solange Srour (ARX Investimentos) e Guilherme Mercês (Firjan) como debatedores, além de qualificado público que também participou com interessantes perguntas e comentários. No link, a “Visão Geral” da Carta de Conjuntura do Ipea.



sexta-feira, 15 de junho de 2018

Boletim de expectativas - junho de 2018

Os últimos 30 dias foram pródigos em fatos marcantes na economia, como a manutenção da meta para a Selic em 6,5%, a valorização internacional do dólar e a greve dos caminhoneiros. Esses fatos se refletiram em diversos indicadores de sentimento e expectativas. Comparando seus valores em duas datas, 11 de maio e 08 de junho, alguns destaques são: o dólar subiu 6%, o Ibovespa caiu 14% e o CDS Brasil subiu de 185 para 251 pontos; a Selic esperada para 12 meses à frente nos contratos de DI Futuro elevou-se em 1,7 ponto de porcentagem (p.p.); a taxa de juros real para dois anos, na estrutura a termo da taxa de juros, subiu 1,5 p.p. e o crescimento previsto para o PIB acumulado em 2018 e 2019 caiu quase 1 p.p. Este é o tema do texto no link.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Seção Crédito e Juros na Carta de Conjuntura do Ipea

O Banco Central divulgou uma nova estatística, o Indicador de Custo de Crédito (ICC) concedido pelo Sistema Financeiro Nacional, que considera as operações realizadas no passado e ainda em aberto. As taxas de juros até então habitualmente publicadas são calculadas pela média das taxas de juros das novas concessões de empréstimos e financiamentos. Também passou a divulgar o spread do ICC. Tanto o indicador quanto seu spread estão mais baixos do que seus correspondentes nos juros e reagem mais lentamente à política monetária.
Este e outros temas relativos aos dados recentes de crédito e juros estão tratados neste texto na Carta de Conjuntura do Ipea.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Boletim de expectativas - abril de 2018 II

Neste texto publicado no blog da Carta de Conjuntura do Ipea, analiso, entre outros assuntos, o comportamento da estrutura a termo da taxa de juros reais, destacando que a mudança de inclinação pela qual tem passado caracteriza-se como uma “normalização” da curva, que se tornou positivamente inclinada, seu formato mais comum. Essa mudança de inclinação se deu pela maior redução dos vértices mais curtos, em relação aos mais longos, que também caíram em relação a um ano atrás.
Acesse aqui.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Boletim de expectativas - abril de 2018

Publicado no blog da Carta de Conjuntura do Ipea, neste texto apresento expectativas para inflação e para a meta Selic obtidas de três fontes: pesquisa Focus do Banco Central, cotações de títulos públicos (Anbima) e contratos de DI Futuro e swaps (BM&FBovespa). O foco está nos efeitos da decisão da última reunião do  Copom. O texto apresenta também as projeções de inflação divulgadas no relatório trimestral do Banco Central, publicado em 29 de março, e as expectativas captadas pela pesquisa Focus para resultado primário do setor público, crescimento do PIB e deficit do balanço de pagamentos. Aqui.